Câncer de Mama em Homem

O câncer de mama pode ocorrer no homem em qualquer idade, mas geralmente aparece entre os 60 e 70 anos. É doença rara e corresponde a menos de 1% de todos os casos de câncer de mama. Nos EUA, em 2010, foi identificado 1,44 casos/100.000 homens. O risco de um homem desenvolver o câncer de mama até o final da vida é estimado em 1/1.000.

 

O tipo do câncer mais frequente é o ductal e as células malignas crescem e se desenvolvem inicialmente nos ductos mamários e se espalham a partir deste local. A anatomia da glândula mamária está apresentada na figura 1.

Pelo fato da glândula mamária masculina ser pequena, rapidamente o câncer entra em contato com os limites da mama (pele e musculatura) e pode levar a aparecimento de feridas na pele e mamilo e a vermelhidão e inchaço da pele que recobre a mama.

 

Figura 1. Anatomia da glândula mamária masculina

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História familiar de câncer de mama e outros fatores podem aumentar o risco

  • Abaixo destaca-se os principais fatores de risco.
  • Família portadora de mutação genética tipo BRCA 2;
  • Condições que elevam os níveis de estrogênios circulantes, tais como cirrose, doença hepática, Síndrome de Klinefelter, etc.;
  • Ter um ou mais parentes com câncer de mama, em especial quando há casos em indivíduos jovens (< 45 anos) e casos bilaterais;
  • Parente de primeiro grau com câncer de ovário;
  • Uso exógeno de testosterona ou estrogênio;
  • Obesidade;
  • Infecção nos testículos (orquite e epididimite);
  • Exposição à radioterapia torácica;

 

Homem com câncer de mama geralmente nota nódulo na palpação

Os principais sinais clínicos são:

  • Nódulo ou espessamento palpável na região mamário ou próxima
  • Mudança do formato ou tamanho da mama
  • Presença de retração ou irregularidade na pele
  • Inversão ou retração do mamilo
  • Vermelhidão da pele
  • Saída espontânea de líquido pelo mamilo. O fluxo papilar pode conter sangue, ser de coloração avermelhada ou clara.
  • Edema na pele com aspecto de casca de laranja
  • Nódulo em região axilar, geralmente indolor e endurecido

 

Diagnóstico

  • História clínica: conhecer a história do paciente, hábitos, doenças prévias, uso de medicações, entre outras.
  • Exame físico: o médico deve avaliar as características da lesão
  • Mamografia: se confirmar a suspeita de câncer de mama, o estudo mamográfico trará informações importantes para o correto diagnóstico e tratamento.
  • Ultrassom mamário: exame complementar que pode avaliar as características da lesão, dimensões no nódulo, esclarecer se a lesão única ou múltiplas e direcionar a biópsia quando necessária.
  • Ressonância magnética: em situações específicas pode ser utilizada para avaliação da extensão da lesão em sua profundidade (saber se o nódulo está acometendo a parede do tórax).
  • Biópsia: geralmente a biópsia de fragmento trará material suficiente para o diagnóstico anatomopatológico e subtipo molecular (estudo dos receptores hormonais, proteína Her-2 e Ki-67).

 

Estado Clínico no momento do diagnóstico

A distribuição do estádio clínico no momento do diagnóstico está representada na figura 2.

 

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Tratamento

O tratamento preconizado dependerá do estágio da doença, ou seja, o tamanho da lesão, do acometimento axilar e da presença ou não de metástases irão determinar a terapia necessária (Figura 3).

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Dentre os tratamentos possíveis destacam-se: cirurgia, quimioterapia, radioterapia e endocrinoterapia. O estágio da doença, condição clínica do paciente, tipo tumoral e subtipo molecular irão determinar a necessidade de cada terapia.